quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sobre Hospitais e Igrejas

Marcos 2:17 - "Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes, não vim chamar justos e sim pecadores."
Há algum tempo eu escrevi sobre este tema no facebook, mas como sabemos este não é um blog, mas um espaço onde escrever algo muito extenso cansa e acaba não surtindo o efeito que se espera, que é o de alcançar não o maior número de pessoas possível, mas sim, alcançar aqueles que se interessam ou se interessariam sobre determinado tema, então cá estou eu, rediscutindo este assunto de forma a se tornar mais abrangente.
A passagem de Marcos é uma resposta as duras críticas que Jesus recebera em seu ministério, os fariseus e escribas necessitavam de qualquer maneira enterrar esta nova onda que um simples carpinteiro estava começando, com esse intuito esses homens tentavam encontrar uma maneira de desacreditar o Homem de Nazaré, desta forma, neste momento em que trata a passagem essas pessoas criticavam a Cristo por ele se sentar à mesa com pecadores e pessoas impuras.
Ainda hoje, por incrível que pareça, vemos pessoas agindo como fariseus, criticando determinadas igrejas, acusando-as de serem permissivas ou como gostam de falar "Porteira Aberta", sem entender que esta é a função da Igreja de Cristo, acolher os que precisam, pois a igreja é o hospital, os pastores os enfermeiros e Jesus, o grande médico. Pode um pastor negar a entrada de um pecador no santuário de Deus, como o doente será curado se o hospital fechar as portas em sua cara?
Charles H. Spurgeon comenta a passagem de Gn 33.13, falando que Jacó se estivesse sozinho, poderia acompanhar Esaú facilmente, mas ele tinha sob sua responsabilidades crianças e animais que se fossem submetidos a uma grande fadiga talvez não suportassem, entendam que pessoas podem ser comparadas a carros, existem as ferraris e os fusquinhas, ou seja, há aqueles que são mais rápidos no processo de santificação, porém há outros mais lentos que precisam ser respeitados e entendidos como tal, que assim como os outros estão no caminho e com certeza chegarão lá.
Voltando a tese de que a igreja é como um hospital, não podemos nos esquecer que existem diversas formas de enfermos, que não se curam de suas doenças do dia para a noite, existem problemas crônicos e agudos, os agudos podem ser tratados e curados rapidamente, mas os pecados crônicos que estão em companhia deste ser há anos, para ser extirpado também poderá levar muito tempo.

Cuidado para não se esquecerem disto, como Jesus falou os sãos não precisam de médicos, agora quem é o doente para falar ao médico que não precisa dele? Valendo ressaltar que todos precisam do médico e quem diz o contrário faz de Deus mentiroso. Então será que eu doente, enfermo, de espírito imundo posso apontar meu dedo para o outro e me achar melhor, ou ainda, me achar no direito de dizer quem deveria estar ali? Nesse caso, eu sou o médico?

Então, esqueçamos quem está no hospital e nos preocupemos apenas em nos curar de nossas enfermidades, oremos sempre a fim de que todos tenham a possibilidade de ter sua doença descoberta e tratada em quanto é tempo, meu pai passou, há mais ou menos um ano, por uma cirurgia de Aneurisma da Aorta abdominal, a qual normalmente só se descobre quando o aneurisma se rompe, mas Graças a Deus, um médico (Dr. José Nogueira) pediu um ultrassom de abdômem total, num exame de rotina e descobriu a tempo de ser tratada, de outra forma o artéria teria se rompido e meu pai sangraria internamente e não daria tempo de tratar. Felizes os que não precisam de médicos, então não chamemos uma igreja de permissiva por que nela estão os pecadores, pois era assim que nosso Mestre agia e agiria se fisicamente entre nós estivesse.

Graça e Paz, que o exemplo de Jesus Cristo nos inspire a sermos pessoas melhores.

Bruno Freitas (Carioca)

Servo Inútil/ Seminarista / Dentista

Um comentário:

  1. Cariooocaaa, amei os dois posts. Que esse blog seja mais um instrumento para a glória de Deus! Beijão

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