Os Espinhos de Cristo

Creio que todos, ou pelo menos a maioria, já devem ter visto ao filme "A Paixão de Cristo" de Mel Gibson, um filme maravilhoso, que na minha opinião deveria ter havido missionários e evangelistas pregando para as pessoas ao término de cada sessão. Não sei quanto a vocês, mas eu saí da sessão moído, acabado, por saber que Ele tudo fez por mim, por nós que nada somos e nem o simples olhar de Deus merecemos; recebemos o que há de mais maravilhoso e tudo que alguém poderia dar, que é a sua própria vida. Porém Jesus não apenas deu a sua vida, mas também seu sofrimento, parem um pouquinho para pensar que Ele poderia ter feito tudo diferente, se era para morrer, morreria dormindo, não é o desejo de todos? Ah!! Tem que haver sangue para a remissão de pecados? Furasse um dedinho, arranhasse um pouco o joelho, desse umas lambadinhas com o chicote.

O profeta Isaías no capítulo 53, versículos 4 e 5, nos lembra que Ele foi moído pelas nossas iniquidades, nossas injustiças, nossas maldades, é isso mesmo, ele foi crucificado por minha causa, por sua causa, por nossa causa, pelo grito que dou no meu pai, pela grosseria com que trato minha esposa, pela malcriação contra minha mãe, pela mentira que conto, pelo mal que faço e também pelo bem que não faço. Ele foi moído, não levou um arranhãozinho no joelho, ou um cortezinho na testa, mas foi triturado e como se não bastasse, em seu último momento, ainda teve forças para perdoar um ladrão, e perdoar-nos ao dizer ao Pai que nós não sabíamos o que fazíamos.

Ultimamente, o que mais tem me gritado ao coração é o momento derradeiro de Jesus, depois de ter sido traído, arrastado de um lado para o outro, depois de ter sido esbofeteado, esmurrado, chutado, maltratado pelos seus conterrâneos, negado pelos seus irmãos, e abandonado pelos seus discípulos, após ter sido açoitado e caminhado por volta dos 500 metros sob o peso da cruz, Jesus em seu último momento entrega Seu espírito e lança um grito e é nesse momento que Jesus senta a dor, e a pior sensação que pode existir, pois ali converge o "sobre si tomou nossas iniquidades", naquele momento Jesus sente-se separado de Deus, sozinho, desamparado, pois o pecado nos afasta de Deus e ali Jesus tinha em suas costas o pecado de toda a humanidade, os daquela época e de todos os que estavam por nascer, até os dias de hoje e os que virão até a Sua volta.

Uma reflexão sobre a coroa de espinhos, feita de tal forma a ser mole o suficiente para ser trançada e dura o bastante para perfurar a carne, de modo que os soldados utilizavam varas para fincá-los na testa do Salvador, e essa coroa, meus irmãos, representa os nossos pecados, cada pecado que fizemos, fazemos e faremos; perguntaram a Mel Gibson quem crucificou a Jesus, e ele inspirado por Deus respondeu que fomos todos nós, com as nossas mesquinharias, nossas atitudes anti-cristãs, anti-Jesus, ao virarmos as costas aos necessitados, ao falarmos de alguém por trás, ao julgarmos nosso irmão pela aparência.

Porém, saibam que tudo isso não foi em vão, pois em primeiro lugar tudo foi feito de maneira voluntária, com total consciência por parte de Jesus, e sabe porque? Por amor, pois Deus e Jesus são apaixonado por nós e desejam nos ver na segurança de seu cuidado, então, queridos, aceitemos esse presente e entreguemos nossa vida verdadeiramente ao Senhor, com mudança de vida e pensamentos, que nosso foco seja o Cristo.

Graça e Paz, que o exemplo de Jesus Cristo nos inspire a sermos pessoas melhores.

Bruno Freitas (Carioca)

Servo inútil / Seminarista / Dentista