quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Quem é o Patrão finalmente???

"Ao cair da tarde, o dono da vinha disse ao seu administrador: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros. Vieram os trabalhadores contratados por volta das cinco horas, e cada um recebeu um denário. Quando vieram os que tinham sido contratados primeiro, esperavam receber mais. Mas cada um deles também recebeu um denário."
(Mateu 20:8-10)


Esta passagem na Bíblia se chama "A parábola dos trabalhadores na vinha", ela incia-se no versículo 1 e termina no versículo 16 do mesmo capítulo, ela nos conta que o dono de uma vinha, convidou algumas pessoas para trabalharem com ele, uns às 6 da manhã, outros às 9 da manhã, outros por vola de meio-dia, outros por volta das 15 horas e por fim alguns foram chamados para trabalhar às 17 horas, todos contratados pelo mesmo valor, acertados e entendidos que o trabalho acabaria por volta das 18 horas. Quando os que foram contratados primeiro foram receber o salário e viram que receberam o mesmo que todos os outros, ficaram chateados e começaram a falar mal do dono da vinha.

Num primeiro momento, quando li esta passagem pela primeira vez, achei uma tremenda injustiça, pois como que os que trabalharam menos ganharam a mesma coisa que os outros, depois, relendo esta passagem percebi que se todos concordaram com o valor porque se sentir passado para trás?

Depois, com uma certa maturidade na fé, percebi outra coisa, e é disso que vou tratar aqui com vocês hoje, meio atrasado, pois esta postagem era para sair domingo, mas como foi dia dos pais e estava realmente cansado depois de um dia com meus pais, sogros e filha, acabei não publicando e cá estou eu hoje, fazendo esta publicação.

Antes de mais nada, a parábola se inicia assim, Porque o reino dos céus é semelhante a...

Isso quer dizer que esta história quer nos levar a pensar sobre como seria o reino dos céus, na verdade ela vai nos transmitir a questão da salvação. 

Devemos entender que o desejo no coração de Deus é que todos os seres humanos alcançassem a salvação e entrassem no Reino dos Céus, mas isso não vai acontecer, infelizmente, como o próprio texto vai nos afirmar no versículo 16. Porém o que vejo acontecer entre os cristãos (que são seres falhos como todos) é uma discussão sobre quem herdará ou não o Reino. Como já afirmei várias vezes, não cabe a ninguém afirmar que A, B ou C, não serão salvos ou vão para o inferno, isto cabe a Deus, só Ele sabe quem vai ou não, e é isso que a parábola nos ensina, o que cabe a nós cristãos é tentar com muito amor, abrir os olhos daqueles que vivem no engano, que aquelas atitudes não os levarão a Salvação, seja adúltero, seja sonegador, seja homossexual, quer faça consulta aos mortos, quer negue a Cristo como Filho de Deus,   seja o que for, tais atitudes, segundo o entendimento que temos baseados na Palavra de Deus, não permitirão que se entrem no Reino dos Céus.

Talvez pensem que há algo errado nessa minha afirmação e que estou sendo no mínimo paradoxal, ou equivocado. Mas não estou não. Vamos ao entendimento da Parábola dos trabalhadores da vinha.

Esta parábola nos ensina que muitos serão chamados para servir ao Senhor assim que nascem, ou seja, seus pais são crentes e servos do Senhor e esta pessoa nasce, cresce e morre na igreja, estes são representados pelos primeiros trabalhadores da vinha, outros serão chamados no decorrer da sua vida, ou seja os demais trabalhadores e por fim, uns serão chamados no apagar das luzes, no fim do dia, ou seja no leito de morte, e ainda assim serão salvos, pois a salvação é escolha, seja em qual tempo for, Deus permitirá que você se encontre com o Rei dos Reis.

Porém, as coisas não são tão fáceis assim, pois pra isso você terá que ter tempo, ou seja, nem todos aqueles que levam uma vida mundana, dirigido pelos seus desejos e as concupiscências da carne, terão tempo de se arrepender, de entregar a vida a Jesus, nem todos os que vivem no engano, terão tempo de se redimir e encontrar a Cristo, por isso, nossa pressa em que não deixemos para ter este encontro com o Senhor no apagar das luzes, pois pode ser que não tenhamos tempo de ver a luz se apagar. Esta parábola nos afirma que temos condição de ser chamados para Cristo no fim da vida, mas não afirma que todos conseguirão isso, pois quantos morreram tão de repente que nem perceberam o que ocorria a sua volta?

Vivamos nossa vida de modo que não tenhamos dúvidas do nosso destino futuro.

Graça e Paz, que o exemplo de Jesus Cristo nos inspire a sermos pessoas melhores.

Bruno Freitas (Carioca)
Servo inútil / Seminarista / Dentista

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